Inflação da baixa renda fica aquém da média, diz FGV

A taxa do IPC-C1 em setembro, de 0,16%, ficou mais uma vez abaixo da inflação média apurada entre as famílias mais abastadas, com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR). Esse indicador mostrou alta de 0,30% em setembro.

A taxa de inflação acumulada em 12 meses medida pelo IPC-C1, de 4,82%, também foi menor que a apresentada para o mesmo período pelo IPC-BR, que subiu 5,29% no período.

A maior influência positiva foi o pão francês, que acelerou a alta para 2,31% em setembro, ante variação de 1,99% em agosto. Já a negativa foi o preço da batata inglesa, que caiu ainda mais. A variação no mês passado foi de -21,85%, ante -11,76% em agosto.

O desempenho das classes de despesa foi bastante equilibrado em setembro. Quatro das oito classes que integram do índice apresentaram aceleração no período: Habitação (0,53%, ante 0,23% em agosto), Vestuário (0,90%, ante 0,42%), Alimentação (-0,16%, ante -0,22%) e Saúde e cuidados pessoais (0,33%, ante 0,19%). Nestes grupos, os destaques partiram dos itens equipamentos eletrônicos (0,36%, ante -0,91% em agosto), roupas (0,88%, ante 0,36%), aves e ovos (1,46%, ante -1,15%) e salão de beleza (0,69%, ante 0,13%), nesta ordem.

Na contramão, apresentaram desaceleração os grupos Educação, leitura e recreação (0,14%, ante 0,67% em agosto), Despesas diversas (0,05%, ante 0,14%) e Comunicação (0,07%, ante 0,11%). Já Transportes acelerou a queda (-0,27%, ante -0,17%). As principais influências partiram dos itens hotel (1,30%, ante 3,25%), serviço religioso e funerário (0,20%, ante 0,40%), tarifa de telefone móvel (-0,23%, ante 0,39%) e tarifa de ônibus urbano (-0,48%, ante -0,22%).