Inflação continua dentro da meta com intervalo, diz Mantega

Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, assegurou nesta quinta-feira, em entrevista no auditório do Ministério, que a inflação continua dentro das meta, no intervalo de tolerância de dois pontos porcentuais para cima e para baixo (o centro da meta para este ano é de 4,5%). Ao comentar a pressão inflacionária no País, ele afirmou que fica nítido o papel dos alimentos na elevação dos índices nos últimos meses.

Segundo ele, o mundo está vivendo o maior choque desde os anos 1970. Está tendo choque simultâneo de petróleo, alimentos e commodities metálicas. O ministro ponderou, entretanto, que o Brasil está numa situação melhor do que outros países, com a economia continuando a crescer. "A rigor, a economia continua crescendo e, em outros países a atividade econômica desacelerou. Aqui, continuamos com crescimento satisfatório", reforçou.

Mantega disse que durante a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e economistas "ilustres" nesta manhã foi feita uma avaliação das medidas adotadas pelo governo para combater a inflação. Sem citar números, ele comentou que o aumento do superávit primário é muito importante para reduzir a demanda agregada na economia, que traz impactos para a inflação.

Segundo o ministro, o Brasil vive uma combinação de elevação de preços externos, no momento em que a economia está aquecida. Essa situação, ponderou, leva à preocupação do governo de não permitir o contágio e impedir a propagação do aumento dos preços.

O ministro destacou a importância da necessidade de impedir essa propagação e ponderou que a elevação do preço do petróleo impacta outros preços, como adubos, que leva ao aumento dos preços dos alimentos. "O trabalho do governo é impedir sua propagação e tomar as medidas necessárias para atenuar o aumento da demanda", repetiu.

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