Industrial do Paraná está mais otimista

Um empresário mais otimista e confiante em um bom desempenho da indústria no Paraná. Este foi o resultado principal da 14.ª Sondagem Industrial 2010, pesquisa realizada pelo Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), cujas constatações foram divulgadas ontem.

Para o ano que vem, 87,78% dos empresários industriais do Estado tem expectativas positivas para seus negócios. Este é o segundo maior índice de confiança desde o início do levantamento, em 1996. Só perde para a pesquisa elaborada em 2007, quando 87,87% do empresariado estava otimista para 2008.

A Sondagem Industrial 2010 entrevistou 484 empresários industriais do Paraná. As empresas contam com 122.684 funcionários, o que representa um quarto do total de empregados na indústria de transformação do Estado.

Para este ano, o nível de confiança constatado na última sondagem era de 62,17%, o que foi confirmado com os resultados obtidos pela indústria paranaense. Um exemplo disso foi a queda, entre janeiro e outubro, de 7,37% nas vendas industriais.

“Em 2009, por causa da crise mundial, as expectativas caíram em relação a 2008 e os números estão confirmando isso”, lembra o coordenador do Departamento Econômico da Fiep, Maurílio Schmitt.

De acordo com ele, para 2010 o cenário é diferente. O empresário aguarda um bom desempenho de vendas. Dois fatores que podem alavancar os negócios são a Copa do Mundo e as eleições.

“Também existe a estimativa de uma safra agrícola abundante. Apesar da indústria paranaense ser diversificada, o agronegócio tem um importante peso na geração de renda industrial”, explica Schmitt.

Sobre estratégia para 2010, 56,14% dos entrevistados indicaram que vão apostar na satisfação dos clientes; 51,91%, no desenvolvimento de novos negócios. Especificamente sobre investimentos, os empresários disseram que vão investir para melhorar a produtividade (54,45%) e modernização tecnológica (49,36%). A maioria (81,78%) pensa em investir com recursos próprios.

A pesquisa ainda mostrou que apenas 7,2% dos empresários paranaenses não registraram aumentos de produtividade em 2009. Eles apontaram o melhor gerenciamento de pessoal e a modernização tecnológica como os motivos para estes resultados.

Quando questionados sobre dificuldades no mercado interno, os empresários citaram a carga elevada de tributos (72,67%) e os encargos sociais elevados (58,05%).

Diante dos índices de otimismo do empresariado industrial, o presidente da Fiep, Rodrigo Rocha Loures, afirmou que otimismo é bom, “mas estamos naquela situação que sofremos tanto que qualquer coisa causa alívio”.

Para ele, é preciso aproveitar este momento pelo qual passa o Brasil para romper com modelos equivocados, tanto nos setores privados quanto públicos. “Temos um período de alguns anos pela frente que teremos um crescimento bom da economia. Mas o grande desafio é aproveitar este momento para colocarmos ênfase em promover mudanças de atitude, estilo e métodos de gestão, que capacitem o Brasil em se converter em uma economia moderna”, considera.

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