Indústria produziu menos 2,5% em abril

A produção industrial do Paraná recuou 2,5% em abril, comparado ao mesmo mês do ano passado. Foi o primeiro resultado negativo do Estado no ano, acompanhando a retração verificada em mais oito das doze regiões pesquisadas pelo IBGE. As maiores quedas foram verificadas em Santa Catarina (-10,0%), Pernambuco (-7,7%), Minas Gerais (-6,6%), Ceará (-5,5%) e São Paulo (-5,3%).

Além do Paraná, tiveram reduções inferiores ao índice nacional (-4,2%): região Sul (-3,5%), Nordeste (-1,9%) e Rio de Janeiro (-0,2%). Com elevação na produção, aparecem somente: Espírito Santo (17,6%), Bahia (6,5%) e Rio Grande do Sul (0,9%). Segundo a análise divulgada ontem pelo IBGE, o fato de abril ter tido dois dias úteis a menos do que em abril de 2002 influenciou nos índice negativos.

A diminuição da produção paranaense em abril reflete o decréscimo em doze dos dezenove gêneros industriais pesquisados. De acordo com a análise do IBGE, as principais influências negativas vieram de material de transporte (-21,5%), em função do recuo na produção de caminhões e reboques; e de produtos alimentares (-4,9%), influenciadas pelas performances negativas de café em grão e óleo de soja refinado. As principais influências positivas na composição do índice global foram: mecânica (17,8%) e metalúrgica (39,7%), setores fortemente influenciados pelos itens colhedeiras agrícolas e refrigeradores, no primeiro caso, e blocos e tarugos e vergalhões de aço, no segundo.

No primeiro quadrimestre, a indústria paranaense registra crescimento de 3,9% -o sétimo resultado mensal consecutivo, bem superior ao aumento nacional (0,6%). Houve aumento em doze dos dezenove setores pesquisados, com destaque para: mecânica (13,8%), novamente por causa do bom desempenho de colhedeiras agrícolas e refrigeradores; material elétrico e de comunicações (33,3%); e química (3,8%). As principais influências negativas foram registradas em produtos alimentares (-1,4%) e têxtil (-17,6%).

No acumulado dos últimos doze meses, o indicador continua positivo pelo sétimo mês seguido (3,1%), porém apresenta suave desaceleração do ritmo produtivo, já que em março a taxa foi de 3,3%. A indústria mecânica, com elevação de 15,4%, desponta como a maior contribuição positiva para o índice acumulado. No Brasil, a indústria elevou a produção em 2,5% nos últimos doze meses.

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