Indústria paranaense cresce lenta e gradualmente

Depois de crescer por quatro meses seguidos e acumular ganho de 14,1%, a produção das indústrias do Paraná recuou 1,8% em fevereiro, na comparação com o primeiro mês do ano.

Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Comparado a fevereiro do ano passado, houve crescimento de 2,4%. Esta taxa, apesar de ser a mais baixa entre os locais pesquisados, é a quinta positiva consecutiva.

De acordo com a pesquisa do IBGE, o índice obtido na comparação com janeiro é menor que a média nacional, que foi divulgada na semana passada e fechou em 1,5%.

Já a taxa em relação a fevereiro do ano passado ficou bem abaixo do índice do País, de 18,4%. No acumulado do primeiro bimestre do ano, a indústria paranaense cresceu 6,3%, contra 17,2% no Brasil o indicador também é menor que os 9,8% registrados no último trimestre de 2009. Apenas no índice acumulado dos últimos 12 meses o Paraná tem índice melhor que a média: -0,6%, ante -2,6% no País.

O IBGE apontou que, na comparação com fevereiro de 2009, a principal influência positiva veio da indústria de veículos automotores, que aumentou sua produção em 66%.

A produção de máquinas e equipamentos também obteve crescimento significativo, de 60,1%. Por outro lado, a maior pressão negativa veio do setor de edição e impressão, que encolheu 59,7%.

No primeiro bimestre do ano, 12 das 14 atividades pesquisadas pelo IBGE tiveram crescimento, no confronto com os dados do mesmo período do ano passado. A exemplo dos números de fevereiro, a maior influência veio dos veículos automotores (77,6%), seguida das máquinas e equipamentos (38,1%). Outros setores que ajudaram a pressionar o índice para cima foram o mobiliário (45,7%), alimentos (5%) e refino de petróleo e produção de álcool (8%).

Regiões

A produção industrial aumentou em metade das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE em fevereiro, ante janeiro. Nessa comparação, os destaques de crescimento ficaram com Pernambuco (11,1%), Goiás (8,3%), Rio de Janeiro (2,3%), São Paulo (2,2%) e Minas Gerais (2%), que cresceram acima da média nacional. Os piores resultados foram apurados no Rio Grande do Sul (-5,3%) e Amazonas (-3,9%).

Na comparação com fevereiro de 2009, todos os 14 locais pesquisados apresentaram crescimento na produção, “refletindo não só a maior produção neste início de ano mas também a baixa base de comparação decorrente dos efeitos da crise econômica internacional”, segundo o documento de divulgação da pesquisa.

Registraram avanços acima da média nacional o Espírito Santo (37,9%), Goiás (31,6%), Minas Gerais (26,0%), Pernambuco (24,7%), Amazonas (22,5%) e São Paulo (20,9%).