Indústria lidera saldo de empregos no Estado

O saldo de empregos formais em abril, no Paraná, ficou em 20.593 vagas, fruto de 122.752 admissões e 102.159 demissões. Mesmo sem ser recorde, o número foi 2,6 vezes maior que o total de 7.937 atingido no mesmo mês do ano passado, o que representou um acréscimo de 159,4%.

Esse desempenho possibilitou o atingimento da marca de 71.411 postos gerados no primeiro quadrimestre (alta de 3,24%), que é o segundo maior resultado já registrado para o período. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O resultado paranaense de abril foi obtido principalmente graças aos setores da indústria de transformação (8.083 postos), serviços (5.745), comércio (3.502) e construção civil (2.118).

Os maiores avanços no estoque de empregos aconteceram na construção civil, que cresceu 1,6%, seguido do setor extrativo mineral (1,46%) e da indústria (1,27%). Nenhum dos segmentos pesquisados teve saldo negativo no mês.

No acumulado do ano, o maior saldo também vem da indústria (25.318 vagas), seguida de perto pelo setor de serviços (25.138). A construção civil, que vem em terceiro lugar, com 10.450 novos postos de trabalho, novamente foi o segmento cujo estoque de vagas mais cresceu no período, com avanço de 8,42%.

A indústria (4,1%) e os serviços (3,26%) vieram em seguida. Nenhum setor fechou com saldo negativo. Já nos últimos 12 m

eses, apenas a agropecuária teve resultado negativo, com 2.887 postos fechados. Por outro lado, os setores que mais contribuíram para o saldo de 117.630 postos abertos no período foram o de serviços (37.168 postos), a indústria (34.849) e o comércio (29.914). De novo, a construção civil foi o que mais cresceu, fechando o período com taxa de 15%.

Municípios

As cidades do interior do Estado responderam por 13.177 postos, ou 64% dos empregos gerados em abril, no Paraná. Já a Grande Curitiba gerou 7.416 mil empregos. Só em Curitiba, foram criadas 4.754 vagas.

O número é o segundo maior para abril desde 2000, e 2,5 vezes maior que o saldo do mesmo mês do ano passado, que fechou em 1.895 vagas. No ano, na capital, foram gerados 18.116 novos postos de trabalho, que elevaram o estoque do emprego em 2,9%, para 642.998 trabalhadores. O saldo e a variação são os maiores, para o período, desde 2000.

Nacional

No Brasil, a criação de postos de trabalho formais, totalizou 305.068 vagas, em abril. O saldo é o melhor para meses de abril e o segundo maior da série histórica do Caged, iniciada em 1992.

Segundo o MTE, nos primeiros quatro meses de 2010 foram gerados 962.327 postos de trabalho formais, constituindo o melhor quadrimestre de geração de empregos na história do País.

Ao contrário da equipe econômica, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse ontem que um crescimento econômico entre 7% e 7,5% neste ano “é mais que razoável” para a economia brasileira.

Ele não concorda com a avaliação de que a maior geração de empregos poderá pressionar o consumo e consequentemente a inflação. Na sua avaliação, há mais conscientização do consumidor e, se há aumento de contratações, é porque também está havendo aumento da produção, o que vai gerar mais oferta de produtos.

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