Inadimplência de empresas caiu 6,7%

São Paulo (AE) – Estudo divulgado ontem pela Serasa mostrou que a inadimplência das empresas do País apresentou queda de 6,7% em agosto em relação a julho. Na comparação com agosto do ano passado houve alta de 0,5%, o que é interpretado pelo Serasa como ?estabilidade?. Já nos primeiros oito meses de 2006, a inadimplência de pessoa jurídica avançou 10,5% sobre o mesmo período do ano passado.

Conforme análise da Serasa, a queda na inadimplência, verificada na comparação mensal, refletiu a ?priorização? dada pelo consumidor ao pagamento das dívidas já assumidas, proporcionada pela ?melhora das condições de emprego e renda?, e que deu um fôlego ao fluxo de caixa das empresas. Quanto ao crescimento no acumulado de 2006, a companhia destacou que o movimento foi conseqüência do ?aumento do crédito, do elevado custo financeiro e da valorização do real?, que teria resultado na queda da rentabilidade das empresas exportadores – em especial as pequenas e médias – dificultando o cumprimento do fluxo de caixa.

?Soma-se a isso a má concessão do crédito, sem metodologia adequada?, acrescentaram os técnicos da Serasa, que, por conta da variação de 0,5%, também observaram que este resultado indica que as taxas de crescimento, na comparação anual, tendem a se estabilizar.

A Serasa informou também que, entre as modalidades pesquisadas, os títulos protestados mantiveram a liderança no ranking da inadimplência em agosto, com a maior participação (40,2%) entre as empresas, ante 40,6% do mesmo mês do ano passado, e com valor médio de R$ 1.389,25 das anotações negativas no final dos primeiros oito meses de 2006.

Muito próximo dos títulos protestados, o segundo índice em representatividade das pessoas jurídicas foi o dos cheques sem fundos, que aumentou de 39,1 %, em agosto de 2005, para 40,1%, no mês passado, com valor médio de R$ 1.239,09.

Em seguida, as dívidas registradas com os bancos tiveram a menor participação (19,7%), com um resultado inferior à participação de 20,3%, do mesmo mês do ano passado. O valor médio no acumulado deste ano foi de R$ 3.587,78.

Na comparação com os primeiros oito meses de 2005, houve um aumento de 2,6% no valor médio das dívidas com cheques sem fundos e de 10,6% no valor médio das verificadas com os bancos até agosto de 2006. O valor médio dos títulos protestados, entretanto, foi 1,7% menor que no mesmo período de 2005.

Voltar ao topo