Inadimplência de 40% preocupa condomínios

A inadimplência nos condomínios no Paraná está alta. Segundo pesquisa do Sindicato de Habitação e Condomínios (Secovi), o segmento residencial teve um crescimento na inadimplência neste ano, que chega a 41,3%. Este número é maior nos prédios mistos, onde a falta de pagamento alcança 50,2%. Já no setor comercial a inadimplência é de 36%.

De acordo com o presidente do Secovi/PR, Luiz Antônio Cossio, na pesquisa feita pelo órgão em todo Estado, ficou evidenciado que o principal problema nos condomínios é a impontualidade nos pagamentos. “Isso comprava que as pessoas não estão deixando de pagar, mas atrasando esses pagamentos em função do recebimento das suas receitas”, disse. A inadimplência em até 30 dias no segmento residencial é de 12,4% e no setor comercial de 17,8%. Já o atraso de 60 dias é de 10,1% no residencial e 11,2% no comercial.

A mudança no Código Civil, que prevê multas de 2% nos condomínios em atraso, teria influenciado na falta de pontualidade nos pagamentos, avalia Cóssio. “A multa acabou influenciando para que as pessoas não pagassem em dia”, falou. Para Cóssio isso está inviabilizando a administração de vários condomínios.

É o caso da edifício Itupava Mall e Office Build, onde a inadimplência chega a 70%. O síndico, Nelson Luís Trela comenta que das 36 salas comerciais do edifício, apenas 22 estão pagando, e arrecadação tem um déficit negativo mensal de R$ 4 mil. “A única forma que encontro é dobrar o valor. Isso não é justo com os que pagam em dia, porém é única solução no momento”, falou. O argumento do síndico é que os condôminos poderão ter os valores abatidos depois que os atrasados foram recuperados.

Negociação

Os Secovi de todo o País estão pressionando a aprovação de um projeto de lei na Câmara Federal que prevê multas de 10% ao mês ou 0,33% ao dia para quem atrasar o condomínio. “Esses índices são justos e não penalizam os que eventualmente atrasam”, disse Cossio. Mas, enquanto isso não se define, o Secovi no Paraná vem promovendo algumas iniciativas, no sentido de baixar os custos dos condomínios. Uma das iniciativas foi um acordo coletivo com as fornecedoras de gás, onde foi possível chegar a um preço médio de R$ 2,10 o quilo. Além disso, vem lançando cartilhas educativas sobre o aproveitamento do lixo reciclável e a manutenção e conservação dos imóveis.

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