IGP-DI mostrou deflação de 0,45% em junho

A inflação medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) registrou uma taxa negativa de 0,45% em junho. Em maio, o índice havia apurado deflação de 0,25%. A queda dos preços se acentuou principalmente devido ao forte recuo nos preços ao consumidor. A queda nos preços superou as projeções dos analistas. Segundo o último Relatório de Mercado, organizado pelo Banco Central, a expectativa era de deflação de 0,30%.

Em junho, a queda nos preços no varejo e na construção civil foi o principal fator a acentuar a perda de fôlego da inflação. Os preços no atacado continuaram em queda, mas num ritmo mais moderado do que o de maio.

O IPA (Índice de Preços do Atacado) registrou queda de 0,78% em junho. No mês anterior, o recuo nos preços havia sido de 0,98%.

O único segmento que continua em trajetória de avanço da queda de preços é o de bens intermediários (insumos), com a desaceleração dos materiais e componentes para manufatura, como ferro, resinas e químicos. Os bens intermediários passaram de -0,21% em maio para -0,92% em junho.

Matérias-primas agropecuárias e bens finais (produtos acabados) ainda registram taxas negativas, mas com uma queda menos acentuada nos preços do que a verificada em maio.

Os preços no varejo registraram deflação de 0,05%, ante alta de 0,79% em maio. A alimentação foi o principal item a contribuir para a desaceleração. Sua taxa passou de 1,01% para -0,92%.

O núcleo do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) apurou alta de 0,42%, a segunda menor taxa no ano.

Na construção civil, a taxa passou de 2,09% para 0,76%, após o impacto dos reajustes de mão-de-obra nas principais capitais do País.

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