HSBC se posiciona como comprador

O presidente mundial do HSBC, Michael Geoghegan, esteve ontem em Curitiba participando das comemorações dos dez anos do banco inglês no Brasil e da inauguração da nova sede do Instituto HSBC Solidariedade – braço de investimento social do grupo no País. Mas sua passagem pela capital paranaense não foi marcado apenas por compromissos sociais. ?Vim para fazer negócios também. O grupo está expandindo mundialmente e queremos expandir no Brasil?, afirmou. 

Geoghegan não comentou sobre a possível compra do ABN Amro Bank pelo HSBC, mas lembrou que o HSBC é um ?banco comprador?, que está sempre analisando operações de compra não apenas de bancos completos, mas de negócios menores, como carteiras de seguro de veículos, de previdência, entre outros.

?Estudamos áreas de bancos, seguros, fundos. E temos expectativa em diferentes áreas, entre eles de cartão de crédito?, afirmou. O objetivo, segundo Geoghegan, é que o grupo tenha participação de 7% em cada nicho de mercado. Atualmente, a participação varia entre 2,5% e 5% em nichos diversos, como banco de varejo, banco de atacado, mercado de capitais, fundos de investimento, seguro de vida, financiamento de veículos. As últimas aquisições do HSBC no Brasil se concentraram em crédito ao consumidor, com a compra da Losango – que hoje conta com 20 milhões de clientes e mantém parceria com 20 mil lojistas -, CrediMartone e Valeu, no período de 2003 a 2004.

Sobre as operações do grupo no Brasil, Geoghegan destacou o alto nível de automação. Segundo ele, o País ocupa entre a terceira e a quarta posição mundial na área de automação. ?O Brasil aceita diferentes experiências, está aberto a novas tecnologias?, apontou. Na Inglaterra, por exemplo, caixas eletrônicos só permitem a retirada de dinheiro enquanto no Brasil é possível fazer diversas operações. O HSBC está presente em 82 países.

Instituto HSBC

O Instituto HSBC Solidariedade, que ocupava uma pequena área de 48 metros quadrados no Palácio Avenida, centro de Curitiba, está de casa nova. A sede, inaugurada ontem no bairro Batel, ocupa área proporcional a sua importância. Lançado em março de 2006, o instituto investiu R$ 16 milhões na área social no ano passado, beneficiando 2 milhões de pessoas através de 177 projetos sociais. Uma parte do montante vem da utilização de cartões de crédito, entre eles o Cartão Instituto HSBC e o Cartão Solidariedade, cuja arrecadação vai direto para a Pastoral da Criança.

De acordo com a diretora-executiva do Instituto HSBC Solidariedade, Ana Paula Gumy, as ações sociais envolveram cerca de um milhão de clientes. Para este ano, a intenção é destinar mais de R$ 20 milhões à área social e dobrar o volume de clientes participantes. O HSBC conta com 100 milhões de clientes no Brasil.

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