HSBC investe em responsabilidade social

Ser uma empresa socialmente responsável pode significar um ótimo negócio. E é justamente de olho neste filão que o banco HSBC vem investindo pesado em produtos e serviços que têm como finalidade promover o bem-estar social. Um desses produtos é o cartão HSBC Solidariedade, lançado em novembro último e que resultou em R$ 328 mil doados à Pastoral da Criança. O volume foi obtido depois de três meses de operação do cartão e, segundo o presidente do HSBC, Emilson Alonso, superou as expectativas.

?A gente imaginava que chegaríamos a este volume em seis meses, mas conseguimos em bem menos tempo?, afirmou Alonso, que esteve ontem em Curitiba participando da entrega simbólica do cheque à presidente da pastoral, Zilda Arns. A meta, segundo Alonso, é que o uso do cartão de crédito se reverta em R$ 250 mil de doação, por mês, à Pastoral da Criança. Até o final do ano, a idéia é chegar a R$ 5 milhões. O volume é obtido através da doação mensal de R$ 10,00 por parte do titular do cartão e de 0,5% do valor da compra. Foram vendidos 51 mil cartões até janeiro.

?As pessoas sentem o desejo de se fazerem presentes na responsabilidade social. Gastam, mas com dor no coração?, apontou Alonso. ?O cartão viabiliza justamente isso: faz com que a pessoa se sinta socialmente responsável. É uma forma fácil de gastar e ajudar.? Para a instituição financeira, funciona como um cartão de crédito como outro qualquer, lembrou.

Mas a idéia não é parar por aí. Em abril, o banco vai inaugurar o Instituto HSBC Solidariedade e o projeto é lançar também fundos de capitalização, seguros e outros produtos com caráter social. ?O banco quer ser percebido pelo mercado como grande ?player? desse setor?, apontou Hélio Duarte, do Comitê de Responsabilidade Social e futuro presidente do Instituto Solidariedade.

Crescimento

O presidente do HSBC, Emilson Alonso, informou que o banco deve crescer menos este ano. ?Se crescermos de 15% a 20%, já será muito bom?, afirmou. No ano passado, o HSBC registrou crescimento de 23%. Segundo ele, como em 2005 a instituição cresceu e o País não, surgiu uma defasagem. Alonso lembrou ainda que o aumento se deu principalmente por conta do crédito.

Também a inadimplência cresceu: passou de 7,8% em 2004 para 9% a 9,3% em 2005. ?No segundo semestre, a inadimplência cresceu muito, mas já tomamos medidas e esse índice já caiu pelo menos 10%?, afirmou.

Para Alonso, o alto índice de inadimplência está associado ainda ao público com que o banco trabalha: focado no varejo, principalmente no financiamento do consumo.

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