Empacou!

Greve na Volks caminha para ser a maior da história da unidade

A greve na Volkswagen de São José dos Pinhais completou nesta quarta-feira (25) 21 dias que, até então, era o maior período de paralisação das atividades na história da unidade paranaense.

Porém, como não houve qualquer tentativa de renegociação da proposta por parte da empresa para o valor a ser pago pela Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2011, os trabalhadores decidiram em assembleia realizada, nesta tarde, por manter a greve até a próxima sexta-feira (27), quando eles se reunirão novamente, às 6h, em frente à unidade.

Sendo assim, a greve deste ano se configurará na maior de toda a história da fábrica da Volks em São José dos Pinhais. Em 2009, a mesma unidade ficou em greve por 21 dias em função da negociação salarial daquele ano.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), os 21 dias de paralisação na produção em São José dos Pinhais já representam um prejuízo de R$ 425 milhões, pois mais de 12.150 mil veículos deixaram de ser fabricados neste período. O valor médio de cada veículo é R$ 35 mil.

A reivindicação dos trabalhadores é por uma antecipação de PLR no valor de R$ 6 mil. A empresa, no entanto, ofereceu R$ 4,6 mil para a unidade paranaense. Na unidade da Volks no ABC, a antecipação ficou em R$ 5,2 mil.

Outra questão que reforça o impasse nas negociações é que o total da PLR deste ano fique em um valor mínimo de R$ 12 mil, caso os dias parados não sejam descontados e, de R$ 15 mil, se houver desconto.

O SMC defende essa segurança no valor mínimo da PLR, para o cumprimento de 100% das metas, porque os trabalhadores da Volks no Paraná, possuem uma remuneração inferior aos paulistas e, em 2010, a PLR paga em São Paulo chegou a R$ 11 mil, enquanto no Paraná ficou em R$ 9 mil.