Greve na Caixa Econômica Federal pode atingir o PAC

A insatisfação de advogados, engenheiros e arquitetos da Caixa Econômica Federal (CEF) em relação ao plano de cargos, carreiras e salários oferecido pela empresa, pode resultar em greve dos profissionais.

Funcionários da regional de Curitiba já vêm, há dois dias, promovendo paralisações de uma hora de duração, no final da tarde, e mobilizações em frente ao prédio central da instituição.

Os empregados dizem que uma greve paralisaria obras nas áreas de habitação, saneamento e urbanismo do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) no Estado, que dependem de sua análise.

De acordo com o advogado Jayme Lima, representante da Associação Nacional dos Advogados da CEF em Curitiba, o maior problema está no aumento da carga de trabalho e a defasagem dos salários em relação ao mercado.

“Cada advogado tem em média 4,5 mil processos para cuidar, o que nos faz advogados de R$ 1,99”, alega, ao calcular o valor atual do salário dos profissionais.

Lima afirma que a Caixa ofereceu, no início do ano, R$ 70 de aumento para o piso e R$ 26 para os que estão em final de carreira. A proposta era parte de um acordo efetuado na data-base das categorias, em setembro do ano passado.

Para a engenheira civil Roseli Macuco, uma das representantes em Curitiba da Associação Nacional dos Engenheiros e Arquitetos da Caixa, o que está em jogo é a “valorização da carreira profissional”.

Contatada, a Caixa informou que qualquer questão sobre o assunto deverá ser tratada em nível nacional. Mas, como ambos os lados ainda estão negociando, o banco ainda não se manifesta formalmente sobre o assunto. Mobilizações semelhantes acontecem em vários outros Estados.

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