Governo vai avaliar a crise na Parmalat

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, reúne na próxima terça-feira 32 representantes da Câmara Setorial do Leite e Derivados para avaliar os impactos da crise da Parmalat. ?É uma conversa. Nós queremos avaliar o impacto dos problemas da empresa em relação aos produtores nacionais?, disse o coordenador-geral da Secretaria de Produção e Comercialização, Sílvio Farnese. Na Itália, foram descobertas irregularidades na contabilidade da matriz.

De acordo com Farnese, existe uma preocupação do governo porque a empresa recebe 1 bilhão de litros de leite por ano. A Nestlé, que é a maior compradora, recebe cerca de 1,5 bilhão de litros. ?Nós sabemos que os problemas maiores estão, além do Rio de Janeiro, nos Estados de Goiás, do Paraná, de Santa Catarina e de Rondônia.?

Farnese disse que o governo pode fazer pouco em relação ao problema e lembrou que a empresa já possui um empréstimo de R$ 25,9 milhões no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A assessoria do presidente do BNDES, Carlos Lessa, lembrou que o banco não financia capital de giro, mas informou que o empréstimo atual da Parmalat só começa a ser pago em março e está garantido por fiança bancária.

Assessores do ministro disseram que o governo teme ser pego de surpresa por uma crise mais grave no setor de leite por causa das dificuldades da Parmalat. De qualquer forma, não existe, segundo Farnese, a intenção de intervir no relacionamento entre a empresa e seus fornecedores.

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