Governo quer rebanho livre da aftosa

O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, fez um apelo ontem aos sindicatos rurais, pecuaristas e associações de criadores, para formar neste momento equipes de força-tarefa para vacinação de 100% do rebanho de 10,7 milhões de cabeças contra a febre aftosa. Segundo ele, esta é uma forma eficaz de manter a doença afastada (de forma permanente) do território paranaense, ?pois um só animal eventualmente contaminado pode provocar prejuízos elevados e com risco de reação em cadeia?.

Pessuti estimou ser mais de 90% até agora o índice de imunização com comprovação – contra aftosa nesta primeira etapa da campanha. Iniciada dia 1.º, encerrou-se no último dia 20. E a apresentação pelos criadores de notas fiscais de compra de vacinas junto às unidades veterinárias da Secretaria vai até dia 31.

Alerta

O vice-governador acredita existirem pequenas propriedades isoladas com animais que ainda não receberam a dose. ?Muitas ainda mantêm poucas vacas para abastecimento de leite da família ou alguns bovinos e bezerros para pequenos negócios. É provável que, em situações assim, esses pequenos criadores deixaram de vacinar seus animais. Em conseqüência, comprometem a sanidade de todo o rebanho paranaense?, alertou.

Ele citou o exemplo de formação de força-tarefa em Umuarama, noroeste do Paraná, para garantia de vacinação de 100% do rebanho estadual. Sociedade Rural e sindicato compraram vacinas e os técnicos do núcleo regional da secretaria imunizaram bovinos em minifúndios e até na periferia de pequenas cidades da região.

Este mesmo exemplo de solidariedade, aconselha Pessuti, pode ser seguido pelos médios e grandes pecuaristas vizinhos a pequenos criadores. ?Afinal, o vírus da aftosa não respeita fronteiras entre países, estados e nem cerca de propriedade?, adverte.

Pessuti recomenda muita cautela, ao lembrar que em 2002 e 2003 foram descobertos focos de aftosa no Uruguai, Paraguai, Rio Grande do Sul, Argentina e Bolívia. ?São regiões muito próximas do Paraná, quando se trata de doença virótica de fácil propagação. O Paraguai, por exemplo, é nosso vizinho de porteira?, argumenta.

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