Governo quer mudar fundo soberano e elevar superávit

O governo vai mudar o projeto Fundo Soberano do Brasil (FSB) e elevar o superávit primário neste ano eleitoral na expectativa de atenuar a alta dos juros básicos (Selic) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na próxima semana. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, recuou e modificou a proposta, apresentada na noite de terça-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quer enviar o projeto de lei ao Congresso, em junho. A idéia é que o fundo seja constituído somente de reais, formado pelo excedente do superávit primário das contas públicas (a economia que o governo faz para o pagamento de juros da dívida).

A decisão de aumentar oficialmente a meta do superávit primário ainda depende do presidente, que está em El Salvador e só retorna ao País na próxima semana, depois de participar, em Roma da reunião da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Depois de ouvir economistas de fora do governo, Lula disse a Mantega que era preciso mexer na proposta. O presidente considera que, num ano eleitoral, com várias restrições ao aumento dos gastos públicos, há condições de manter um superávit elevado, mesmo sem mexer na meta. O ministro agora vai detalhar as novas bases do fundo ao Conselho Político, formado por 14 partidos da base aliada, na próxima terça-feira (03).

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