Governo não muda metas de inflação

O governo não estuda mudanças na meta de inflação deste ano. A informação é do ministro da Fazenda, Antônio Palocci Filho, que garantiu que o governo não desistiu do centro da meta de inflação de 2004, de 5,5%. “Eu estou otimista com relação à inflação”, disse Palocci ao sair do seminário da Abdib (Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústria de Base).

Sobre o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do mês de maio, de 0,51%, Palocci disse que o índice “está em linha com as expectativas mais baixas do mercado”.

Durante apresentação no seminário da Abdib, o ministro ouviu reivindicações da iniciativa privada para a redução da carga tributária. Segundo ele, a cobrança é “procedente”. Palocci afirmou, no entanto, que a carga tributária não será reduzida se o País pensar que o estado tem que suprir todas as necessidades da população.

“Não adianta esperar que o governo dê a renda, o emprego e o investimento que o povo precisa”, disse o ministro. Segundo ele, o mais eficiente seria o governo cuidar da política econômica e convencer os empresários a fazer os investimentos necessários.

Ainda sobre a carga tributária, Palocci disse que, se houver um comprometimento forte do ponto de vista fiscal, será possível no médio prazo reduzir a carga tributária.

Rodovias

O governo deverá, até o final deste ano, ampliar o número de concessões de rodovias para a iniciativa privada. A informação é do ministro Guido Mantega (Planejamento), que destacou as concessões como uma das formas de participação do setor privado no processo de investimentos no País.

Mantega não deu detalhes sobre quais os trechos que estariam envolvidos na concessão, mas disse que essa ampliação está em estudo e será definida até o final do ano.

Além da participação do setor privado nas concessões, Mantega destacou as PPPs (Parcerias Público-Privadas) como uma forma de investimento do setor privado.

O ministro disse que está confiante de que o Congresso aprove o projeto da PPP até o final de junho.

Mantega também participou do seminário da Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base), em Brasília, e durante sua apresentação disse que para 2004 um crescimento da economia de 3,5% a 4% já está garantido.

Ele ressaltou, no entanto, que é preciso se preocupar com a sustentabilidade desse crescimento.

Segundo Mantega, o ciclo de crescimento só será possível se o País puder evitar os gargalos e reduzir a probabilidade de choques de oferta.

Voltar ao topo