General Electric vai produzir locomotivas de grande porte no Brasil

A General Electric (GE) começou e deverá intensificar a fabricação no Brasil de locomotivas de grande porte. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (31) pelo vice-presidente do grupo, John Rice, após audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. As unidades serão construídas na fábrica brasileira da empresa, que fica em Contagem (MG). A GE já fabrica, nessa unidade, desde a década de 70, locomotivas de até 3 mil HP, usadas para fazer manobras. A novidade é que, agora, serão produzidas locomotivas de 6 mil HP, capazes de fazer viagens de longa distância.

Os investimentos na adaptação da fábrica não detalhados pela GE foram realizados ao longo do ano passado. Segundo Rice, a produção das primeiras grandes locomotivas já começou. "A primeira unidade deverá ser entregue em maio", disse o executivo. Rice informou que, inicialmente, a fábrica de Contagem terá capacidade para produzir 30 locomotivas de grande porte por ano. Mas a produção poderá ser até triplicada no futuro, dependendo da resposta do mercado.

Segundo Rice, dois terços da produção serão vendidos no mercado interno. O restante deverá ser exportado para seis países, entre os quais Colômbia, África do Sul e Jordânia. A GE, disse Rice, está otimista em relação ao crescimento do mercado mundial. "Trabalhamos com uma perspectiva de o mercado brasileiro de locomotivas crescer cerca de 15% ao ano", explicou, acrescentando que essa expansão deverá ser puxada pelo aumento das exportações de produtores agrícolas e minérios.

Segundo Rice, o presidente Lula ficou "animado" com o anúncio do início da produção das locomotivas de maior capacidade. "Esse nosso programa de investimentos é uma resposta a um pedido, feito pelo presidente Lula em 2005, para fabricarmos locomotivas de maior porte no Brasil", contou Rice.

Segundo a GE, o governo de Minas Gerais ofereceu isenção de ICMS para a fabricação das novas locomotivas. "Trabalhamos por um programa para termos o mesmo tratamento dado aos equipamentos importados. Isso foi determinante para fazermos o investimento", disse outro dirigente da GE, o presidente da GE Transportation para a América Latina, Rafael Santana.

Voltar ao topo