Gás industrial acumula maior aumento do ano

O GLP (gás liquefeito de petróleo) de 45 quilos acumula nesse ano a maior alta entre os produtos com preços administrados e monitorados pelo governo. Na capital paranaense, o cilindro usado por indústria, comércio e condomínios residenciais já subiu 38%, enquanto o bujão de 13 quilos, de uso doméstico, teve variação de 8%.

Por determinação do governo federal, o preço dos bujões de uso residencial não teve alteração desde 15 de agosto, mas o gás para grandes consumidores aumentou 11,94% somente nas duas últimas semanas.

O aumento do GLP 45 quilos só não é maior por causa de promoções das distribuidoras. No início do ano, o preço médio do produto em Curitiba era R$ 80,25. Ontem, o preço de tabela do P-45 na Ultragaz era R$ 117. Mas com desconto, o cilindro é vendido por R$ 111,65 – ante R$ 108,50 na semana passada. Também tiveram aumentos nessa semana os bujões P-20, que passou de R$ 51,50 para R$ 52,90, e o P-90, de R$ 234 para R$ 240,30. Mesmo com preços promocionais, a variação do GLP para grandes clientes é superior aos reajustes verificados no diesel (19,68%), assinatura de telefonia fixa (17,28%) e energia elétrica (14%). Os dados são da pesquisa mensal de preços administrados e monitorados, do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) e Senge/PR (Sindicato dos Engenheiros do Paraná).

“O mercado é livre e não está engessado, qualquer aumento tem que ser repassado”, considera Stelios Chomatas, presidente do Sinregas (Sindicato dos Revendedores de GLP do Paraná). Segundo ele, normalmente o repasse dos aumentos nas refinarias é integral, “porque a cadeia já vinha praticando um preço bom, com desconto”. No Paraná, o preço médio do P-45 saltou de R$ 100 para R$ 105 nessa semana, de acordo com o Sinregas. Metade do carregamento de gás no País é de bujões de 13 quilos e metade de outras embalagens.

Apesar das elevações, Chomatas diz que o preço do gás no Paraná é um dos mais baratos do Brasil. “Há uma refinaria presente na região, concorrência grande e marcas novas entrando, como a Shell Gás”.

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