O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, iniciou a coletiva de imprensa em que deverá detalhar a posição da empresa nas atividades de exploração do pré-sal com um discurso de apresentação em que enfatizou a influência do Estado nas atividades de descoberta. O executivo afirmou, no discurso, que a busca por novas reservas será “um problema contínuo até 2030” no mercado mundial de petróleo e que todos os países, consumidores e produtores estão atentos a esse problema. “O acesso a reservas é um grande tema para as empresas do mundo”, disse.
Ele observou ainda que, no mercado mundial de petróleo, não é um momento de novas descobertas de reservas, e sim de aumento de potencial de escassez, que devem ocorrer no médio prazo. “Conflitos para acessos a essas reservas (de petróleo) tendem a se agravar”, afirmou.
Na avaliação do executivo, a partir de agora o papel do Estado nas descobertas de novas reservas será maior do que foi no passado. “Vai aumentar o papel do Estado na gestão de hidrocarbonetos”, disse, durante a entrevista coletiva realizada na sede da empresa, no Rio. Gabrielli afirmou ainda que aqueles que pensam que o futuro do setor está atrelado a ideias de livre mercado estão em “um horizonte equivocado” no mercado de petróleo mundial.