Força Sindical reage a declarações de Miriam Belchior

A Força Sindical reagiu às declarações da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e defendeu um aumento real em 2012 para aposentados e pensionistas do INSS que ganham acima de um salário mínimo. O presidente da central, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), defende um reajuste de 11,7%. Na última sexta-feira, Miriam afirmou que os aposentados terão a reposição da inflação. “Nos parece que, dadas as condições do País, é o suficiente neste momento”, disse a ministra.

Em nota, a Força Sindical afirma que o aumento real dos benefícios é uma forma de distribuição de renda no País, que beneficiaria 9,1 milhões de aposentados e pensionistas. “A insensatez social da ministra deixa indignados os milhões de aposentados e pensionistas que dedicaram grande parte de suas vidas à construção deste País”, critica.

A entidade lembra que a declaração da ministra é feita no momento em que entidades representativas dos aposentados estão dialogando com parlamentares da Comissão Mista do Orçamento no Congresso para garantir um reajuste real em 2012. “A nefasta declaração da ministra do planejamento não colabora com o processo e embute um triste viés autoritário que visa desestimular uma negociação democrática”, afirma a nota.

Os deputados Paulinho e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) já apresentaram emenda ao Orçamento de 2012 estabelecendo um reajuste de 11,7% para os aposentados que ganham valores acima do salário mínimo. A nota informa que a Força Sindical se reunirá amanhã com o presidente da Comissão Mista do Orçamento, senador Vital Rêgo, e com o relator do Orçamento, deputado Arlindo Chinaglia, para discutir a possibilidade de aumento real.

Os aposentados que ganham acima de um salário mínimo querem que o reajuste dos benefícios seja de 11,7% em 2012, com base na mesma fórmula que garante a reposição real do salário mínimo. As entidades que representam os aposentados pedem que o reajuste desses benefícios considere a inflação de 2011 (pelo INPC) acrescido do crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB) em 2010.