FMI reduz previsão de crescimento para Ásia em 2009

O Fundo Monetário Internacional cortou sua projeção para o crescimento econômico da Ásia em 2009, afirmando que a forte desaceleração na economia global está atingindo duramente a Ásia, mas que a região pode se recuperar rapidamente se os países adotarem as políticas certas.

O FMI prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) da Ásia cresça, em média, 2,7% este ano, com as nações emergentes da região expandindo 5,5% por causa do crescimento resistente na China e na Índia, afirmou o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, em transmissão via internet na Ásia hoje. Em novembro do ano passado, o FMI previa expansão de 4,9% na Ásia este ano.

Strauss-Kahn disse que as economias asiáticas como um todo têm fundamentos sólidos, mas há “muitos riscos de baixa” nas projeções, dadas as preocupações com os choques secundários da crise global e com a saúde dos sistemas bancários de alguns países.

Mas ele afirmou que também há espaço para otimismo e alguns países da Ásia estão bem posicionados para liderar uma recuperação global a partir do final deste ano, se aumentarem os gastos do governo, cortarem mais os juros e fortalecerem os sistemas bancários. O FMI espera um crescimento médio da Ásia em 2010 de 5%.

“A Ásia não foi o epicentro da crise, mas a região foi duramente atingida por causa das ligações globais, uma vez que seus mercados exportadores enfraqueceram drasticamente”, disse o diretor-gerente do Fundo. “As economias asiáticas não podem se recuperar sozinhas mas, quando a recuperação começar, algumas irão se recuperar muito rapidamente”, completou.

Para a Coreia do Sul, uma das economias mais abertas da Ásia, o FMI projeta contração de 4% este ano, ante previsão anterior de crescimento de 2%. Mas o Fundo acredita que a economia irá se recuperar e registrar expansão de 4,2% em 2010.

Strauss-Kahn reiterou a previsão para o crescimento da China de 6,7% este ano. Ele disse que será bastante desafiador, mas possível para a China atingir a meta oficial de crescimento de 8%, o que exigirá grandes mudanças de política, especialmente mudar o foco do crescimento para a demanda doméstica e longe das exportações.