FMI: política monetária está atrasada na América do Sul

As políticas macroeconômicas e fiscais do México conseguiram conter a apreciação da moeda local, mas o atraso na adoção de determinadas políticas monetárias em países da América do Sul contribuiu para taxas de câmbio preocupantes nessas nações, disse Nicolas Eyzaguirre, diretor de Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI).

“As economias da América do Sul estão superaquecendo e a política monetária está atrasada”, disse Eyzaguirre. Ele descreveu a força das moedas de Brasil, Colômbia, Chile e Peru como “preocupante” e “ruim” e afirmou que o nível do peso mexicano em relação ao dólar é “bom”.

O real e o peso chileno atingiram os patamares mais altos dos últimos três anos na comparação com o dólar recentemente, mesmo em meio a compras constantes da moeda norte-americana por parte dos bancos centrais do Brasil e do Chile. No Peru, o avanço do sol foi contido por causa de receios com as eleições.

O fortalecimento dessas divisas em relação ao dólar deixa mais difícil para esses países competir no mercado de exportações, mas ajuda a lidar com outro problema, a inflação. Eyzaguirre também alertou para a possibilidade de bolhas nos mercados de ações da Argentina, do Chile e do Brasil. “Estamos entrando em território perigoso. Há sinais de ações supervalorizadas em alguns países.” As informações são da Dow Jones.

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