Ajuda

FMI aprova empréstimo de 30 bilhões de euros à Grécia

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou neste domingo um empréstimo de 30 bilhões de euros, com prazo de três anos, para a Grécia. O montante representa o maior empréstimo já concedido pelo fundo a um único país, e faz parte de um pacote de 110 bilhões de euros formulado em conjunto com a União Europeia (UE), para ajudar o governo grego a solucionar os problemas fiscais do país. O maior obstáculo para a liberação do pacote foi removido na sexta-feira, quando o Parlamento da Alemanha aprovou um empréstimo de até 22,4 bilhões de euros para o país.

De acordo com os termos do pacote de resgate, a Grécia terá de reduzir seu déficit orçamentário para 8,1% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, depois de registrar um recorde de 13,6% do PIB no ano passado. Até o final de 2014, a taxa terá que ficar abaixo do teto estabelecido pela União Europeia, de 3% do PIB.

Segundo o FMI, essas medidas devem ajudar o país a sair de sua delicada situação fiscal. Os mercados, no entanto, não acreditam que a Grécia terá a disciplina necessária para levar adiante as reformas exigidas e que a economia do país não crescerá o suficiente para garantir o pagamento dos empréstimos dentro dos prazos.

Muitos temem que os problemas enfrentados pelo governo grego contagiem outros países da zona do euro, como Espanha e Portugal. Evitar um contágio é o principal motivo pelo qual ministros das finanças da União Europeia discutem neste domingo um “mecanismo de estabilidade”, que poderia estar em vigor antes da reabertura dos mercados na segunda-feira.

Uma possibilidade é estender para os próprios estados da UE um instrumento de ajuda hoje voltado a países fora da zona do euro. A quantia atualmente disponível do mecanismo, chamado de instrumento de balanço de pagamentos, poderá ser ampliada dos atuais 50 bilhões de euros para 110 bilhões de euros.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou para seu colega francês, Nicolas Sarkozy, e para a chanceler alemã, Angela Merkel, e ressaltou a importância de “medidas firmes para dar confiança aos mercados”, segundo o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. As informações são da Dow Jones.

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