Fipe: alimentos sobem 12,20% em 2010 pressionam IPC

Os preços dos alimentos subiram 12,20% em 2010 no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), informou hoje a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), responsável pelo indicador que mede a inflação na cidade de São Paulo. Os dados mostram que houve aceleração de 10,39 pontos porcentuais em relação à alta de apenas 1,81% registrada nos preços dos alimentos em 2009.

O grupo Alimentação foi o principal responsável para que o índice, de maneira geral, passasse de 3,65% para 6,40% entre os dois anos, atingindo em 2010 o maior nível desde 2004. O excesso de chuvas nos primeiros meses do ano passado e a alta das commodities agrícolas e da carne bovina no segundo semestre mantiveram pressionados os preços dos alimentos durante quase todo o ano de 2010.

Outro grupo que revelou aceleração de preços foi o de Transportes, cuja variação passou de 1,74% em 2009 para 7,06% em 2010. Um reajuste de 17,4% da tarifa de ônibus urbano em janeiro, bem como aumentos dos combustíveis, principalmente do álcool no segundo semestre, contribuíram para o resultado.

O item Vestuário completa o conjunto de grupos que aceleraram entre 2009 e 2010, passando de 1,36% para 3,33%. As variações de todos os demais grupos arrefeceram de um ano para outro. Habitação passou da alta de 3,89% em 2009 para aumento de 3,45% em 2010, enquanto Despesas Pessoais passaram de 7,23% para 5,02%. Saúde apresentou alta de 5,85% em 2010, menor que o aumento de 6,82% em 2009, enquanto Educação subiu 5,52% no ano passado, ante a alta de 6,91% de 2009.

A alta de 6,40% registrada pelo IPC em 2010 ficou acima da expectativa do próprio coordenador do índice, Antonio Evaldo Comune. Quando foi anunciado o resultado do IPC na segunda quadrissemana de dezembro, o economista havia dito que esperava uma taxa anual em torno de 6,20%. Apenas em dezembro o IPC registrou alta de 0,54%, a menor desde a variação de 0,53% de setembro, mas também superior à expectativa anunciada por Comune em meados do mês passado, que era de uma variação “mais próxima de 0,40%”.

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