Fiesp e BNDES se unem contra spread bancário

São Paulo  – A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) endossa a iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de tentar reduzir o spread cobrado pelos bancos que repassam seus recursos. “O BNDES se tornou refém do sistema financeiro. Chegou a hora de reverter essa situação”, aponta o diretor responsável pela área de crédito da Fiesp, Cláudio Miquelin. Segundo ele, o empresariado vai seguir a orientação do BNDES e manifestará publicamente sua insatisfação contra os spreads bancários, que encarecem o custo das operações.

O executivo reclama também da dificuldade de acesso às linhas do BNDES via outras instituições. “As linhas do BNDES, ainda as mais baratas do País, foram transformadas em prêmios. Só os clientes especiais das instituições financeiras obtêm esse crédito”, acusa. A Fiesp tem se reunido intensamente com os dirigentes do BNDES para buscar formas alternativas de escoamento do crédito “a quem interessa”, conta Miquelin. O principal ponto em análise é o rebaixamento do valor mínimo para obtenção de empréstimo diretamente da instituição.

Hoje, empresas instaladas nas regiões Sudeste, Sul e Centro Oeste do País podem acessar diretamente o BNDES somente em operações acima de R$ 10 milhões, enquanto nas regiões Norte e Nordeste o valor é de R$ 1 milhão. Para obter créditos em valores inferiores, o tomador deve buscar intermédio dos bancos, o que resulta na cobrança do spread.

“Defendemos o rebaixamento do valor de acesso direto nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste para R$ 2 milhões. Ainda assim será o dobro do valor das outras regiões”, explica Miquelin.

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