Fiep apóia proposta de déficit zero

O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Rodrigo da Rocha Loures, considera que a proposta para o governo atingir déficit nominal zero, apresentada pelo deputado e ex-ministro Delfim Netto, é uma maneira de reduzir o papel da política monetária no combate à inflação. ?O déficit nominal zero é desejável se associado a outras referências básicas que possam reduzir o endividamento do país e as nocivas taxas de juros?, afirmou.

A proposta, segundo Rocha Loures, deve ser tratada tecnicamente e dissociada de interesses políticos. ?Questão de tal magnitude precisa ser avaliada e debatida pela ótica do interesse nacional, que é o da organização e saneamento das contas públicas?, avaliou.

Entre os pontos destacados pelo presidente da Fiep está a reformulação do regime de metas inflacionárias. ?É preciso mexer no cálculo do núcleo da inflação, retirando os produtos sujeitos a choques de oferta, como o petróleo, energia e os gêneros agrícolas. Se continuarmos com as deficiências do atual regime de metas de inflação, não há garantia de que a nova proposta possa gerar queda na taxa real de juros?, explicou.

O argumento central da proposta apresentada ao governo por Delfim Netto está na idéia de que o déficit nominal zero possibilitaria a redução da relação dívida pública e produto interno bruto (PIB), o que ocasionaria queda imediata da taxa de juros real. ?Em nosso caso, no Brasil, precisamos que a relação dívida pública e PIB esteja abaixo dos 40%?, disse Rocha Loures.

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