Fazenda aponta economia em ritmo mais intenso em 2013

Os fundamentos macroeconômicos do País têm permitido enfrentar a crise global sem maiores sobressaltos. Essa é a avaliação do Ministério da Fazenda, que publicou nesta quarta-feira, 24, o boletim “Economia Brasileira em Perspectiva”, relativo ao primeiro trimestre. Segundo o documento, a economia brasileira começou 2013 com ritmo de crescimento mais intenso, dando prosseguimento à trajetória de aceleração verificada a partir do segundo semestre de 2012. “Apesar das dificuldades que persistem na economia internacional, a economia brasileira continua crescendo gradualmente”, aponta.

O documento destaca também as “amplas desonerações tributárias” que têm sido promovidas pelo governo, como as mudanças na folha de pagamentos das empresas, que englobam mais de 40 setores da economia. O boletim reitera as projeções feitas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmando que a renúncia fiscal em 2013 superará os R$ 70 bilhões, quase 2% do Produto Interno Bruto (PIB), ante R$ 40 bilhões em 2012.

O documento ressalta que a redução da tarifa de energia elétrica já está gerando aumento da competitividade das empresas e ampliando a renda disponível das famílias. O texto lembra que a desoneração da cesta básica também se soma aos esforços do governo para promover maior justiça tributária.

Infraestrutura em foco

Segundo o boletim, o amplo programa de concessões em aeroportos, rodovias, ferrovias e portos também será fundamental para a superação de gargalos na infraestrutura de transportes do País, com aumento da qualidade dos serviços e redução de custos da produção e distribuição. O governo também considera o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) um instrumento essencial para garantir que o investimento se mantenha como uma das principais forças impulsionadoras do desenvolvimento.

O boletim destaca que caberá aos investimentos em infraestrutura o papel central na agenda das políticas públicas. “Isso levará crescimento mais intenso na Formação Bruta de Capital Fixa do País, com consequente maior participação no PIB nos próximos anos”, prevê.