Exportação pode bater recorde

São Paulo – O Brasil está próximo a bater um recorde histórico nas exportações. Se o crescimento previsto de 3% nas vendas externas for confirmado até o fim do ano, as exportações deverão se aproximar de US$ 60 bilhões, cifra nunca alcançada até agora. A informação é do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, que participou ontem em almoço do Comitê de Intercâmbio Comercial e Cultural Brasil Itália, em São Paulo.

No ano, as vendas somaram US$ 53,91 bilhões, mostrando um superávit de US$ 11,13 bilhões e de US$ 12,1 bilhões nos últimos 12 meses. “Trata-se de um resultado que nos traz muita alegria”, disse o ministro. Com isso, acrescentou, o déficit em conta corrente do País, que já chegou a US$ 33 bilhões, deverá cair para US$ 8 bilhões.

O ministro lembrou que o Brasil está negociando em todas as frentes possíveis e voltou a criticar o protecionismo. “Nos últimos tempos assistimos a um distanciamento entre o discurso e a prática”, afirmou. Por isso, acrescentou, se a União Européia não colocar uma proposta agrícola aceitável sobre a mesa de negociações, será difícil concluir as negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC) e na Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Amaral disse também que o Brasil não está preocupado com o processo de negociações, mas com o resultado delas.

Estudo

O ministro informou que, no início de dezembro, o governo vai divulgar estudos do impacto das negociações da Alca em 18 cadeias produtivas e em duas áreas de tecnologia, para saber quais os mercados mais potenciais para ampliar as exportações desses produtos. A Unicamp e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) dividiram o estudo em quatro grupos. No primeiro, a simulação mostrará, por exemplo, os efeitos da Alca nos setores de calçados, couro, têxteis e siderurgia, os mais competitivos do País. No segundo grupo foram incluídos bens de capital, petroquímicos e indústria de plásticos, que receberam recomendação de ampliação das vendas. No grupo de risco estão móveis e cosméticos e, no último, as multinacionais.

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