Expectativa do consumidor permaneceu estável

Em maio, a expectativa do consumidor sobre a situação econômica atual e futura do Brasil se manteve estável, na média, em comparação ao mês anterior. A percepção do consumidor foi a mesma sobre as finanças pessoais das famílias, o mercado de trabalho e o consumo de bens duráveis e preços. Isso é o que revelou a 18.ª Sondagem de Expectativas do Consumidor divulgada ontem, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O estudo, feito entre os dias 5 e 20 de maio, indica que a recuperação do emprego e da renda nos últimos 12 meses, mesmo que modesta, tem influenciado positivamente as avaliações dos consumidores. A avaliação estável de maio representa um comportamento diferente da seqüência de quedas que vinha se registrando desde janeiro.

A pesquisa apontou que no quesito situação econômica do País a sensação do consumidor é de que piorou, ao contrário das finanças pessoais que melhoraram em comparação a abril. A proporção de consumidores com sentimento de que atualmente a economia está melhor do que há seis meses caiu de 14,1% em abril para 12,9 % em maio, enquanto os que acreditam que piorou subiu de 25,8% para 28,2%.

Sobre as finanças pessoais, porém, os consumidores que consideram a situação econômica da família melhor, em comparação a seis meses atrás, passaram de 20,4% para 21,7% e os que acham que está pior passaram de 21,6% para 19,9%. Aumentou também o percentual de consumidores que disseram que estão conseguindo fazer poupança. Enquanto em abril o percentual era de 13,1%, em maio ficou em 13,8%.

Outro fato positivo é o percentual dos que disseram que estão se endividando. O resultado de maio (25,9%) é inferior ao de abril (29,5%). Os que afirmaram estar com o orçamento equilibrado passaram de 57,4% para 60,3%, o quarto maior percentual desde outubro de 2002, quando a pesquisa começou a ser feita.

Sobre o futuro, os consumidores que acham que vai se manter a possibilidade de conseguir emprego nos próximos seis meses teve somaram em maio 38,6%, enquanto em abril eram 37,6%, mas o grupo que acha que será mais difícil diminuiu, passando de 55,4% para 55,2%. Houve queda, no entanto, dos que acham que será mais fácil, que passou de 7,1% em abril para 6,3% em maio.

No que diz respeito à situação econômica, os que estão mais pessimistas aumentaram de 14,8% para 16,2%, mas quando se trata de situação econômica da família a expectativa é mais otimista e se elevou de 51,6% para 54,5%. A previsão média dos consumidores para a inflação deste ano ficou em 9,04%, número mais alto do que a expectativa demonstrada em abril, que era de 8,95%.

Voltar ao topo