Eventos comemoram 60 anos do Sinduscon

Comemorando 60 anos de atividade, o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR) está realizando eventos para reforçar a importância da construção civil no País. Para isso, uma série de palestras com profissionais de destaque foram agendadas, entre elas a presença do presidente nacional do PSDB e economista, José Serra, no próximo dia 15. O setor, que vinha de um crescimento acelerado até o ano passado, se estabilizou e apontou sinal das primeiras quedas.

Poder público, classe média e indústrias. De acordo com o presidente do Sinduscon-PR, Ramon Andres Doria, essas três vértices, que sempre foram as principais responsáveis pelo desenvolvimento do setor, estão comprometidas. Em visita à Editora O Estado do Paraná, na tarde de ontem, Doria contou que sem uma economia ativa permanente e a redução na carga tributária pelo governo federal, é impossível prever um avanço a curto prazo.

Ele também afirmou que há alguns meses, pelo menos uma das vértices absorvia a necessidade de produção quando ocorria uma queda do mercado. “Sempre houve a necessidade de investimento do poder público em novas obras, agora isso não ocorre. O mesmo acontece com a classe média, que está sem poder de compra, e as indústrias pensam duas vezes antes de ampliar seu parque. Não temos uma fatia que represente estabilidade”, explica.

A Câmara Brasileira de Construção Civil, entidade que representa 65 sindicatos, vem atuando nos últimos meses, na tentativa de firmar acordos com o governo federal, para reaquecer o setor. “Todos sentem a queda de rendimento do mercado, mas algumas alternativas estão sendo buscadas. Em Curitiba, estamos em permanente contato com a Prefeitura, negociando a exclusão do ISS para as construções da Cohab. Esse já está sendo um passo”, complementa o vice-presidente do Sinduscon-PR, Hamilton Pinheiro Franck.

Contra a corrente, ressalta Hamilton, estão os postos de trabalho. Apesar de ainda apresentar grande informalidade, quase 50% dos trabalhadores não têm carteira assinada, e pouco crescimento do mercado, o número de postos está aumentando. Ano passado, foram 4,9 mil postos de trabalho. Nesse ano, nos cinco primeiros meses, foram criados 3 mil. “Apesar da falta de incentivo, isso mostra que é um setor que pode se desenvolver ainda mais”, completa.

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