Estoque de álcool não terá recurso público

Brasília (AE) – O ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, descartou a liberação de recursos públicos para a estocagem de álcool, um dos pleitos da iniciativa privada. ?Estoque regulador tem custo e este tema não exige uma decisão imediata por parte do governo?, afirmou ele ao chegar para participar de um seminário sobre biocombustíveis. Guedes afirmou que o governo não determinará a elevação de 23% para 25% na mistura de álcool anidro na gasolina antes de janeiro, quando o governo volta a se reunir para discutir o assunto. ?Antes de janeiro, não haverá mudanças?, enfatizou, lembrando que estabelecer a mistura em 25% depende de uma avaliação do nível dos estoques de álcool ao final da safra, em abril.

Ainda de acordo com Guedes, o governo espera que os preços do álcool durante a entressafra, no começo do próximo ano, não subam da forma como aconteceu em 2006. ?Nossa expectativa é que, apesar da entressafra, quando tradicionalmente há uma elevação dos preços, a alta não ocorra na mesma intensidade que neste ano?. Na ocasião, os preços do álcool subiram muito, o que levou o governo a tentar um acordo com os usineiros que previa preço máximo de venda a R$ 1,15 por litro nas usinas. O acordo não foi cumprido pela indústria.

Guedes também falou sobre a idéia defendida pelo Brasil, de transformar o álcool em commodity e afirmou que o assunto tem sido tratado por vários ministérios. Ele reafirmou que há interesse do Brasil em atrair outros países para produção de etanol. O País deve produzir este ano, segundo Guedes, 16,5 bilhões de litros de álcool.

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