Estado retoma compra de draga para os portos

Depois de não obter sucesso no resultado da licitação internacional para a contratação de uma empresa para fazer a dragagem do Canal da Galheta – que dá acesso aos Portos de Paranaguá e Antonina – a Administração dos dois portos (Appa) voltou a defender a compra de uma draga própria. A aquisição seria feita pela Companhia Paranaense de Dragagem, entidade a ser criada pelo governo do Estado.

O contínuo assoreamento que vem sofrendo o canal fez com que a Capitania dos Portos restringisse, no mês de dezembro, a navegação de navios com calado superior a 11,89 metros. Essa foi a segunda restrição feita pela Capitania somente em 2007. O anúncio da compra da draga foi feito ontem pelo governador Roberto Requião, durante a escola de governo. A medida, segundo ele, visa combater a cartelização do segmento no Brasil, pois atualmente, apenas três empresas nacionais prestam serviços aos dez maiores portos do País.

Com a concorrência internacional para a dragagem de cerca de 17 milhões de metros cúbicos do canal, a Appa esperava resolver a questão. No entanto, das 23 empresas que compraram o edital, apenas a belga Dredging Internacional apresentou proposta, que não estava adequada ao texto do edital. Além disso, ela teria pedindo reajuste no valor oferecido na licitação, que é de R$ 108,6 milhões para uma campanha de cinco anos. Na avaliação do governador, as empresas de dragagem estão tentando aumentar o custo do serviço com base no anúncio de que o governo federal irá liberar R$ 1,4 bilhão para a dragagem dos portos brasileiros.

Navegação noturna

Sobre a interdição da Capitania dos Portos para a navegação noturna no Canal da Galheta, por causa das deficiências na sinalização náutica, a Appa informou que hoje irá começar a troca das lâmpadas queimadas nos equipamentos de sinalização. O trabalho será feito em parceira com a Capitania – que irá fornecer a embarcação e marinheiros – e a Appa – que irá arcar com o combustível do barco.

A Appa confirmou que o contrato com a empresa que fazia a manutenção da sinalização venceu em setembro de 2007, e em dezembro realizou uma licitação para nova contratação. No entanto, o processo foi impugnado por uma das empresas concorrentes, e a licitação não foi concluída. O valor máximo da licitação para o período de um ano é de R$ 1,076 milhão. A Appa garantiu que desde setembro vem realizando o serviço de manutenção dos equipamentos de sinalização. 

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