Empréstimo ao FMI não reduz reservas internacionais do Brasil

A aquisição do Brasil de US$ 10 bilhões em títulos do Fundo Monetário Internacional não provocará uma redução das reservas internacionais que somam atualmente US$ 204 bilhões. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as reservas brasileiras estão, em sua maior parte, aplicadas em títulos do tesouro americano, que no momento rendem muito pouco e em outras aplicações semelhantes no mercado internacional.

“Na verdade, é como se você mudasse a aplicação que está fazendo. A vantagem que você está viabilizando recurso para o Fundo Monetário Internacional, que é uma instituição encarregada pelo G-20 para socorrer países com dificuldades”, disse. As reservas internacionais são usadas pelo governo para o pagamento de compromissos da dívida externa pública.

Os novos bônus que o Brasil está adquirindo do Fundo serão expressos em Direito Especial de Saque (DES), uma espécie de moeda do Fundo. Esses títulos estão sendo subscritos pela China, que também fará uma aquisição de US$ 50 bilhões desses papéis. A Rússia ficará com US$ 10 bilhões, e a Índia não informou ainda a quantidade de títulos a ser adquirido. Esses países formam o grupo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).

“Na reunião do Bric, durante o encontro do G-20, combinamos que iríamos fazer aportes maiores ao FMI desde que houvesse esse novo bônus sendo emitido.”, disse. Na operação anunciada hoje, o ministro não informou qual o rendimento que o Fundo Monetário Internacional oferecerá pelos bônus aos países.

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