Emprego se concentra nas grandes cidades

O Paraná gerou 86.396 empregos formais em 2006. Um crescimento de 16% em relação a 2005. Deste total, 42.742 empregos em Curitiba (49%), 12.893 empregos na Região Metropolitana de Curitiba (15%), 22.044 empregos nas 27 cidades com mais de 50 mil habitantes do interior (26%) e 8.717 empregos nos 365 municípios restantes (10%).  

Este é o resultado da análise feita pelo delegado regional do Trabalho, Geraldo Serathiuk, no relatório do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de geração de empregos formais no Paraná em 2006. Segundo ele, a análise deve servir de importante instrumento para a efetividade das políticas públicas fiscais e de crédito, bem como, para questionar todo o processo de urbanização e de criação de municípios no Estado do Paraná.

Serathiuk vai sugerir ao novo secretário do Planejamento, Enio Verri, que ajude a construir um modelo de análise da efetividade das políticas de crédito e fiscais para integrar programas e ações de governo partindo do diagnóstico do mundo do trabalho. Para Serathiuk, é preciso fazer uma profunda análise nas políticas de desenvolvimento regional para que sejam mais articuladas e entender melhor a economia do Estado.

O Paraná tem uma massa salarial de aproximadamente R$ 26 bilhões que irrigam a economia, mais os recursos do INSS que entram em forma de benefícios somam mais R$ 9 bilhões. ?Somados aos orçamentos da União, do Estado, dos municípios, as políticas de crédito urbano e rural, a renúncia fiscal e poupança privada para investimento, veremos que podemos ter um processo de desenvolvimento mais harmônico e equilibrado, desde que seja articulado?, disse. Em virtude disso, o Estado pode influir articulando melhor políticas de crédito, fiscal e ciência e tecnologia para gerar mais empregos com melhores salários.

?Para isto, temos que verificar se a criação de municípios, ao invés de expandir somente os serviços públicos, foi acertada. Temos visto que muito dos recursos para o desenvolvimento foram direcionados para o aumento de estruturas municipais desnecessárias, ao invés de terem sido usados para a expansão das políticas públicas e o desenvolvimento. E quando vejo membros de governo fazendo planejamento regional, levando em conta demanda do setor público inchado vejo que precisamos mudar muito ainda para mudar o modelo de gestão publica?, concluiu Serathiuk.

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