Emprego no varejo não seguiu crescimento do comércio

A geração de empregos não acompanhou o bom desempenho das vendas do comércio na Região Metropolitana de São Paulo. A análise foi feita pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) sob a constatação de que a razão principal está no baixo faturamento das microempresas, que correspondem a 97,5% dos estabelecimentos comerciais do País e são responsáveis pela maioria dos postos de trabalho no setor.

A Fecomercio cita que enquanto a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) registrou alta de 5,5% nas vendas de agosto e no acumulado do ano registrou elevação de 4,1%. Já Pesquisa Conjuntural do pequeno Varejo (PCPV) – que engloba o setor de microempresas – apontou queda no faturamento do setor em agosto (-5,2%) em relação ao mesmo mês de 2006 e no acumulado do ano registrou baixa de 2,3%. "As pequenas e microempresas não acompanharam o crescimento das grandes redes e com isso apresentam dificuldades em mão-de-obra", destaca o assessor econômico da entidade, Altamiro Carvalho.

A Fecomercio cita também dados do IBGE, mostrando que em agosto as vendas do comércio cresceram 6,4% no Brasil e 4% na região metropolitana de São Paulo, enquanto o emprego atingiu 1,73% e 1 67% respectivamente. Ainda na análise, a entidade diz que para os micro, pequenos e médios empresários, é absolutamente insustentável manter um nível adequado de competitividade, tendo que arcar com os atuais custos de contratação de mão-de-obra e com uma carga tributária crescente e injusta.

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