Emprego industrial se recupera em janeiro

A indústria paranaense contratou 2.473 pessoas em janeiro – o maior volume de empregos em igual mês desde 2002 e bem acima dos 933 registrados em janeiro do ano passado. O resultado positivo se deve sobretudo ao interior, cujo saldo passou de 611 negativo em janeiro de 2005 para 1.635 este ano. Já na Região Metropolitana de Curitiba, houve redução de 1.544 contratações para 838. Os dados foram divulgados ontem pelo economista Cid Cordeiro, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, regional Paraná (Dieese-PR).

 Entre os setores que mais empregaram em janeiro, destaque para a indústria química – especialmente por conta de fertilizantes e produtos farmacêuticos – com o saldo de 514 novos postos de trabalho, seguida pela indústria metalúrgica (483), indústria mecânica (352) e indústria de material de transporte (261).

No acumulado dos 12 meses (fevereiro de 2005 a janeiro de 2006), o emprego na indústria paranaense cresceu 3,13% – abaixo do crescimento do emprego na economia como um todo, que foi de 4,75%. O saldo de empregos foi de 15.207, com o maior número de contratações na indústria de alimentos e bebidas (10.614 postos de trabalho), indústria química (2.286) e indústria de material elétrico e de comunicação (1.551).

Na comparação com outros estados, o Paraná ficou na 12.ª posição na geração de empregos em janeiro, com crescimento de 0,50%, acima da média brasileira, que foi 0,31%.

Produção

Com relação à produção industrial, o Paraná exibe números negativos: -6,30% em janeiro na comparação com dezembro e -5,29% na comparação com janeiro do ano passado. No acumulado dos 12 meses, a produção ficou praticamente estável: 0,12%.

O mau desempenho da indústria foi sentido especialmente no segundo semestre de 2005. Enquanto no primeiro semestre a produção cresceu 8,45%, no segundo caiu 5,10%, resultando em alta de 1,3% no ano. Para o economista Cid Cordeiro, do Dieese-PR, a queda na produção industrial paranaense vem sendo puxada sobretudo pelo setor de alimentos – sobretudo por conta da redução de abate de bovinos, com o surgimento da febre aftosa, além do beneficiamento da cana-de-açúcar. Outros setores em queda foram madeira e mobiliário – afetados pelo câmbio -, indústria gráfica e veículos automotores – por conta da questão sazonal, com a concessão de férias coletivas.

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