Emprego formal no Paraná tem maior expansão desde 1992

A quantidade de empregos gerados formalmente no Paraná cresceu 0,63% em janeiro deste ano na comparação com dezembro de 2007 correspondendo a um saldo (admissões menos os desligamentos) de 12.317 empregos, a maior alta registrada no mês desde 1992. Em janeiro do ano passado, o acréscimo foi de 0,48%.

O destaque ficou com a Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde também foi registrado o melhor desempenho desde 1992: contrariando o que era habitual até 2005, em janeiro deste ano a RMC teve alta de 0,69% no nível de emprego, enquanto no interior do Estado o aumento foi de 0,59%. O levantamento é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Com o resultado de janeiro, o número estimado de trabalhadores com carteira assinada no Paraná é de aproximadamente 1,972 milhões. O bom desempenho do Estado no setor de empregos formais vem ocorrendo desde 2006. De acordo com o economista do Dieese Sandro Silva isto se deve à baixa taxa de inflação, aos juros baixos, à facilidade de crédito, mas principalmente à recuperação da agricultura.

Quanto à geração de empregos na região metropolitana superar a do interior, o economista disse que a explicação está na agricultura. ?Em 2005 houve um desaquecimento do setor agrícola, dois anos de quebra de safra?, comentou.

Em números absolutos, se comparar janeiro de 2007 com janeiro de 2008, a quantidade de empregos na RMC cresceu 162% (de 2057 para 5389). O salto levou a RMC a ficar em primeiro lugar em admissões (comparando janeiro de 2007 e janeiro de 2008), em relação às outras nove regiões metropolitanas no País (em segundo lugar ficou Porto Alegre).

Os números positivos para o Paraná o levam a ficar em uma posição privilegiada no País. De acordo com o Dieese, o Estado é o 9.º colocado no crescimento de empregos. Se a comparação for feita nos últimos 12 meses, o Paraná fica em 5.º lugar.
O Estado também superou o aumento registrado nacionalmente, que foi de 5,63%.

Os setores que mantiveram o Estado na liderança foram a construção civil (que gerou 2521 empregos mês passado) e os de segurança, vigilância e recursos humanos (1346). Já na RMC, o setor que impulsionou os números positivos foi a indústria de transformação (principalmente mecânica, metalúrgica e montadoras) e serviços (segurança, vigilância e recursos humanos). 

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