Em meio a incertezas, Copom decide juro

Num cenário de grandes incertezas em relação à economia americana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anuncia a nova taxa de juros no Brasil para os próximos 42 dias. A expectativa é de que os diretores do BC optem pela manutenção dos juros em 11,25% ao ano.

Além da questão externa, o que vai pesar na decisão de hoje é a evolução dos índices de inflação, cujas previsões vêm piorando desde o último encontro do Copom, no fim do ano passado. "Na última ata, tal como no Relatório de Inflação trimestral divulgado no fechamento do mês passado, o BC demonstrou preocupação especial com esse assunto?, destaca o economista da Modal Asset Mangement, Alexandre Póvoa.

O economista para Brasil do Morgan Stanley, Marcelo Carvalho, acredita que a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de reduzir os juros ontem tem impacto ambíguo na política monetária brasileira, mas não muda a expectativa de manutenção da Selic, pelo menos, no primeiro semestre. "O BC provavelmente não vai fazer nada ao longo dos próximos meses?, disse ele.

Para a economista-chefe do Banco ABN Amro no Brasil, Zeina Latif o agravamento da situação internacional não terá impacto na reunião de amanhã do Copom. "Nessa reunião não haveria razão para aumento de juros". Ela explica que a economia mostra sinais de aquecimento com piora do quadro inflacionário, mas se trata de uma inflação dentro da meta estabelecida pelo BC.

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