Em dezembro, lojistas aumentam a segurança

O 13.º vem aí e com mais dinheiro no bolso o consumidor deve fazer a festa: a própria, a dos lojistas e, se bobear, até a dos ladrões. Para frustrar a expectativa dos mal-intencionados Polícia Militar e lojistas investiram em pessoal. E a diferença já deve ser sentida a partir dessa sexta-feira.

A PM está aumentando o efetivo nas ruas do centro. Não divulga números, mas garante que terá mais gente trabalhando desde a Avenida Sete de Setembro até a Catedral – cobrindo as áreas próximas aos principais shoppings e a Rua XV. Só no calçadão o movimento esperado é de 250 mil pessoas por dia. Nessa região há 14 câmeras de monitoramento.

?O aumento é de 50%.

O pico deve ser entre 16h e 22h, quando se misturam, nas ruas, o público que vai comprar, o que vai assistir ao coral do HSBC e o que está voltando pra casa?, antecipa o tenente-coronel Jorge Costa Filho, chefe da Comunicação Social da PM.

Os lojistas, que festejam o Natal como a melhor data para vendas, também se preparam para atender mais gente. De seis a oito mil pessoas devem trabalhar no comércio de Curitiba como temporários, mas nem todos como vendedores. Uma boa parte vai ajudar a monitorar o movimento, numa espécie de vigilância informal.

Quase todas as lojas de rua e supermercados investem nesse serviço. Um exemplo é a Camilo Joalheiros. Dos quatro temporários contratados para dezembro, dois vão ajudar na segurança, tanto na loja do shopping como na da XV.

?O movimento aumenta muito e a gente precisa contratar mais gente para atender o consumidor, mas não pode descuidar. Nem todo mundo entra para comprar?, explica Camilo Turmina.

O empresário tem loja de rua há 25 anos, já passou por quatro assaltos e garante que o investimento em ?olheiros? compensa porque afasta os batedores de carteira e aqueles que entram para furtar num descuido dos balconistas.

Empresas pagadoras

Por causa do 13.º as agências bancárias que ficam em empresas também pedem reforço na vigilância. Segundo o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado o aumento é de 3%, cerca de 60 pessoas treinadas e com armas. ?Não é pouco se levarmos em conta que quase todos vão para as empresas da CIC?, conta Jeferson Furlan Nazário, presidente do Sindesp-PR.

Primeira parcela sai quinta

As empresas têm até quinta feira, dia 30 para pagar a primeira parcela do 13.º salário a seus empregados.

O pagamento também é devido aos empregados domésticos, aos trabalhadores rurais e aos avulsos. Os aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) já receberam a metade no início de setembro.

Cerca de 60,7 milhões de trabalhadores devem dividir R$ 34,5 bilhões nessa primeira etapa. Em dezembro, na segunda e última parcela, a soma chega a R$ 53 bilhões.

No Paraná o 13.º representa cerca de R$ 3,5 bilhões ou 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. O valor é 8,15% maior do que o volume pago no ano passado (R$ 3,2 bilhões).

Os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) também indicam que dos quase 61 milhões de beneficiados, 4,7 milhões trabalham no Paraná.

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