Retrocesso

Em 2014, indústria registra pior desempenho em 5 anos

O desempenho da indústria paulista no segundo semestre de 2014 foi pior em termos de atividade econômica para 58,2% das empresas avaliadas pela Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), segundo levantamento Rumos da Indústria Paulista, divulgado nesta quarta-feira (21). É o pior balanço desde 2009, quando se iniciou a sondagem.

De acordo com a pesquisa, que teve como tema o balanço do ano passado e expectativas para o próximo ano, para 21% dos entrevistados o segundo semestre do ano passado teve um desempenho igual ao mesmo período de 2013. Outros 19,6% disseram ter sido melhor. O levantamento, que ouviu 424 indústrias, mostrou ainda que o volume da produção das indústrias paulistas teve queda ou queda acentuada nos últimos seis meses de 2014 para 58,7% das empresas consultadas.

Com relação às vendas no mercado interno, 59,6% das empresas informaram queda ou queda acentuada, enquanto 50,3% das companhias exportadoras também anotaram redução em suas vendas externas. Produção e vendas no mercado interno também registraram os piores resultados desde 2009. Em relação às exportações, o resultado só não foi pior do que 2009, quando 59,1% das empresas indicaram queda ou queda acentuada.

Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), Paulo Francini, a indústria está em uma condição muito ruim tanto no desempenho do semestre passado como nas expectativas de futuro. A pesquisa apurou também que em relação às expectativas para o primeiro semestre deste ano, 39,1% dos empresários acreditam que seu volume de produção será igual em comparação com o primeiro semestre de 2014. Já 36,3% dos entrevistados esperam queda ou queda acentuada no período.

Em relação às vendas no mercado interno, 36,8% esperam queda ou queda acentuada, enquanto 35,6% acreditam que as vendas serão iguais em comparação com igual período de 2014. Para as exportações, 40,2% das empresas acreditam que o movimento será igual no primeiro semestre de 2015 ante o mesmo período de 2014. Para 30,2% das empresas avaliadas a projeção é de queda nas vendas externas.