Eleições paraguaias pressionam tarifas de Itaipu

Depois de se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada, o diretor-geral brasileiro da usina hidrelétrica Itaipu Binacional, Jorge Samek, afirmou que acredita que, passadas as eleições presidenciais no Paraguai, a pressão pela elevação no preço da energia paga pelo Brasil ao país vizinho "vai acabar". Segundo Jorge Samek, o Brasil paga um preço médio, que chega ao consumidor à media de US$ 39. "Isso está absolutamente equilibrado".

Para ele, o preço da tarifa está na média da tarifa nacional, e o problema do Paraguai não é de falta de energia, mas de transmissão. Para resolver este problema, e permitir que a energia produzida em Itaipu chegue a Assunção, já que os paraguaios estão com problemas de transmissão e distribuição, os presidentes do Brasil e do Paraguai, Nicanor Duarte Frutos, acertaram que Itaipu vai pagar um estudo de US$ 2 milhões para construir uma linha de transmissão de 500 quilovolts (kV), de forma a permitir que o parque industrial daquele país possa ser ampliado.

"O presidente determinou que nós elaborássemos o projeto na construção da linha de 500 kV, que é de altíssima potência, para poder fazer um empreendimento intensivo de utilização de energia no Paraguai", disse Samek.

Ele explicou que a linha de transmissão custará cerca de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões, mas que este investimento será executado pelos paraguaios, embora admita que possa ser feito com recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Eletrobrás, ou algum outro agente brasileiro e de outros países.

Ainda nesta quarta, Lula receberá o candidato à presidência do Paraguai, Fernando Lugo, com quem deverá tratar, também, este assunto.

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