Dudony pode vender suas lojas para quitar dívidas

A venda das 110 lojas da rede Dudony deve ser a saída para a quitação das dívidas das empresas que detêm a marca comercial, a Distribuidora Maringá de Eletrodomésticos (Dismar) e a Markoeletro Comércio de Eletrodomésticos.

As companhias estão em recuperação judicial desde dezembro do ano passado e já tinham colocado à venda, sem sucesso, as 11 unidades no interior de São Paulo, em fevereiro deste ano.

O grupo Silvio Santos seria o principal interessado na compra, que deve ser analisada em junho pelos credores. As outras 99 unidades estão localizadas no Paraná.

O fundador da rede, Antonio Donizete Busiquia, foi procurado pela reportagem e comentou, por meio de um interlocutor, que tudo ainda é especulação. Ele também lembrou que uma possível venda teria que ser aprovada pela assembleia de credores.

Mas o diretor jurídico da empresa, Cleverson Colombo, afirma que a venda é uma alternativa viável para a recuperação judicial da empresa. Ele também confirma que há interessados na compra, e que a empresa Baú da Felicidade, do grupo Silvio Santos é um deles.

De acordo com Colombo, nesta fase não resta muita escolha aos proprietários da marca. Se o processo de recuperação não tiver sucesso, será decretada a falência da empresa e todo o seu patrimônio poderá, da mesma forma, ser colocado à venda.

“Todas as decisões ficam na mão dos credores e, em seguida, dependentes de homologação judicial”, explica. A proposta de compra, no entanto, ainda não foi formalizada, informa o advogado, avisando que a assembleia dos credores deve ser realizada em junho, independentemente da formalização. “Estamos próximos do prazo para sua realização”, completa, lembrando que a possível venda da empresa, que tem mais de 900 funcionários, não deve gerar demissões em massa nas lojas.

A Dudony opera há 20 anos e é a maior varejista de móveis e eletroeletrônicos do Paraná. Quando entrou no regime de recuperação judicial, as dívidas somavam R$ 104 milhões. Até junho, a empresa está imune a ações movidas por credores.