Dólar comercial cai 0,88% e termina o dia a R$ 1,802

A reação positiva das bolsas de valores em Nova York e São Paulo à ata da última reunião do banco central dos EUA fez o dólar recuar em relação ao real nesta terça-feira (9). Também colaborou para a queda a aceitação de poucas propostas pelo Banco Central no leilão de compra de moeda desta manhã, o que estimulou as tesourarias de bancos a ampliarem as ofertas no mercado, levando o dólar a testar novamente o patamar de R$ 1,80.

No fechamento, o dólar comercial valia R$ 1,802, em baixa de 0 88%, e o dólar negociado à vista no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros tinha taxa de R$ 1,8005, em queda de 0 94%. A cotação em ambos os mercados é a menor desde o fechamento do dólar comercial em 11 de agosto de 2000 (a R$ 1,800).

De acordo com a agência de notícias Dow Jones, a ata do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) mostra que o Fed estava confiante em que a inflação não representa mais uma ameaça significativa. A ata revelou ainda que todos os membros votaram pelo corte de meio ponto porcentual na taxa de juros.

No leilão de compra de dólar desta terça-feira no mercado à vista, o BC pagou taxa de corte de R$ 1,809, pouco acima do valor da moeda na hora em que o leilão foi anunciado, de R$ 1,808, na BM&F. A avaliação dos operadores é de que poucos bancos tiveram suas ofertas aceitas pelo BC. O valor adquirido ainda não foi informado pelo mercado. Após o leilão, a moeda norte-americana caiu mais.

Rodovias

Com a realização do leilão de sete trechos de rodovias federais nesta terça-feira na Bovespa, há expectativas de que poderá haver eventual ingresso de recursos estrangeiros por parte de algumas empresas que participam de consórcios formados para a disputa. A operadora de rodovias portuguesa Brisa, por exemplo, participa do leilão em parceria com a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), na qual o grupo português detém 18% de participação. Outra participante é a espanhola OHL. Como essas empresas já têm operações no Brasil, não se sabe ao certo se elas trarão recursos de suas matrizes para o pagamento dos trechos arrematados.

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