Dólar cai e bolsa tem movimento de R$ 2,3 bilhões

A aprovação do acordo do Brasil pelo FMI, a captura do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein e a entrada de recursos externos no País levaram ontem o dólar a fechar em queda de 0,51%, negociado a R$ 2,921, a menor cotação registrada no período de um mês. A moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 2,919 (queda de 0,58%) e a máxima de R$ 2,945 (uma alta de 0,30%).

?O fluxo de capitais continua generoso. Isso impede uma alta do dólar?, afirmou o gerente de câmbio do banco Rendimento, Helio Osaki. Segundo ele, o mercado operou em clima positiva, sem pressões sobre os preços, após a aprovação do novo acordo do Brasil com o FMI e a prisão de Saddam.

Neste mês, o ingresso de dinheiro captado no exterior por empresas e bancos tem ajudado a neutralizar a pressão sobre as cotações exercida pelas compras de divisas pelo Banco do Brasil, em nome do Tesouro Nacional, e pelas remessas de lucros pelas multinacionais para suas matrizes.

Nesta semana, uma pressão adicional pode interferir nas cotações. Na próxima quinta-feira, vence uma dívida cambial de US$ 1,2 bilhão, que será integralmente resgatada pelo governo. Bancos credores têm o interesse de evitar uma queda muito forte do dólar, pois querem receber mais reais na hora do resgate dos papéis que formam essa dívida.

Bolsa

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 1,26%, aos 20.722 pontos e giro financeiro de R$ 2,39 bilhões. Após abrir com forte alta, a bolsa inverteu a tendência no começo da tarde com o término do vencimento de opções.

Apesar da queda da bolsa, o prêmio de risco-País, apontado como um dos principais indicadores do otimismo, mantinha-se em queda de 17 pontos, a 489 pontos básicos acima dos títulos norte-americanos.

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