Dobra adesão ao acordo para correção do FGTS

Menos de uma semana antes do encerramento do prazo, dobra o número de adesões ao acordo de pagamento da correção do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Números da Caixa Econômica Federal mostram que a média diária de adesões saltou de 7 mil em novembro para 14 mil em dezembro. 

O prazo de adesão ao acordo vence na próxima terça-feira. O acordo tem por objetivo pagar as diferenças que deixaram de ser creditadas nas contas vinculadas do FGTS durante os planos Verão (16,64%) e Collor 1 (44,80%).

Segundo a Caixa Econômica Federal – responsável pela administração das contas do FGTS -, cerca de 31,8 milhões de trabalhadores já assinaram o termo de adesão ao acordo. A adesão pode ser pela internet, no site da Caixa Econômica Federal (www.caixa.gov.br), ou por meio de formulários impressos, nas agências dos correios.

A Caixa recomenda aos trabalhadores que não deixem para fazer a adesão na última hora, pois pode haver filas nas agências dos Correios e até um eventual congestionamento na internet.

Termos de adesão

Existem dois modelos do Termo de Adesão: o normal (formulário branco), para os trabalhadores em geral, e o específico (azul), para quem possui ação judicial pedindo as correções das contas. Se quiser, o trabalhador pode desistir da ação. Para isso, terá de usar o formulário azul, que contém uma cláusula de desistência, cujo preenchimento é indispensável para que a ação seja extinta.

O que é mais vantajoso para o trabalhador: fazer a adesão ao acordo ou recorrer à Justiça?

A resposta a essa pergunta depende do valor que cada um tem para receber (se ainda não recebeu um extrato da CEF informando o valor, a pessoa interessada precisa ir a uma agência da instituição e solicitá-lo).

Segundo Mario Avelino, presidente da ONG Instituto FGTS Fácil, além do valor a receber, o trabalhador deve levar em consideração outros fatores, como a necessidade (urgente ou não) do dinheiro e se no Estado em que ele mora há Juizado Especial Federal (o julgamento é mais rápido).

Especialista em Fundo de Garantia, Avelino afirma que quem tem até R$ 2.000 para receber não precisa pensar duas vezes: é melhor aceitar o acordo porque não há deságio (desconto de uma parte do valor) e o pagamento é feito em pouco tempo.

Pagos R$ 18,2 bilhões

Segundo a assessoria de imprensa da CEF, cerca de 31,8 milhões de trabalhadores já assinaram o Termo de Adesão. Dependendo do valor do complemento a que o trabalhador tiver direito, quanto mais rápido ele fizer a adesão, mais cedo ele receberá o valor – desde que atendidas as condições estabelecidas de saque.

Desde que começaram os pagamentos, há um ano e seis meses, a CEF já creditou R$ 18,2 bilhões nas contas do FGTS dos trabalhadores. Deste total, R$ 14,2 bilhões já foram sacados por 28,9 milhões de trabalhadores.

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