Dívida do governo cai e volta ao nível de abril de 2003

A relação dívida/PIB caiu para 55,3% em julho e atingiu o menor patamar desde abril de 2003, época em que o País começava a se recuperar da crise da confiança no mercado financeiro por conta da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial. A dívida fechou o ano passado em 58,2% do PIB. Neste ano, a equipe econômica promete reduzir a dívida pública pela primeira vez em diversos anos.

“O endividamento público já vem apresentando reduções consideráveis nos últimos meses e, neste mês de julho, especificamente, a dívida líquida do setor público atingiu um patamar bastante razoável”, segundo avaliação do chefe do departamento econômico do Banco Central, Altamir Lopes.

Em julho, a dívida líquida do setor público consolidado ficou em R$ 945,659 bilhões (55,3% do PIB). No mês anterior o saldo da dívida era de R$ 948,243 bilhões (56% do PIB).

O chefe do departamento econômico do BC fez previsões ainda mais otimistas para o mês de agosto. “Se nós considerarmos a taxa de câmbio que temos agora, uma taxa de R$ 2,95 por dólar, a estimativa de relação dívida /PIB para o mês de agosto é da ordem de 55,2%. Estaria estável num patamar razoável.”

No final do ano, entretanto, o BC acredita que a relação dívida/PIB esteja em torno de 57%.

Lopes explicou que os resultados são fruto da menor exposição ao dólar. “Hoje, para cada 1% da variação no câmbio, essa dívida tem uma variação de 0.16 ponto percentual. (…). Em comparação, quando se toma a sensibilidade da dívida há um ano, essa sensibilidade era de 0,25 ponto percentual”, afirmou.

Altamir Lopes também apontou a redução da trajetória da taxa de juros básicos como outro fator a melhorar o perfil da dívida.

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