Distribuidoras do Sul negociam preços do produto importado

A Compagas e as demais distribuidoras de gás natural do Rio Grande do Sul (Sulgás) e de Santa Catarina (SCGás), bem como as federações das indústrias dos três Estados, encaminharam ao Ministro das Minas e Energia, Francisco Gomide, um manifesto solicitando a redução do preço do gás natural importado da Bolívia. Eles também solicitam a retomada das obras do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre ? o que daria mais uma opção de compra do gás, neste caso, importado da Argentina.
O manifesto foi encaminhado ao ministro acompanhado do estudo sobre Alternativas de Viabilização do Aumento da Participação do Gás Natural na Matriz Energética da Região Sul. “Essa questão deve ser resolvida com a máxima urgência, pois o preço cobrado pelo gás boliviano pode inviabilizar todo o programa de gás na região Sul”, diz o presidente da Compagas, Antonio Fernando Krempel.
A diferença de custo para as distribuidoras entre o gás natural importado, vindo da Bolívia através do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) e o nacional, fornecido para as regiões Sudeste e Nordeste, é de 83%. A oferta do gás argentino, tanto para as termelétricas quanto para as indústrias da região Sul, pode ser uma alternativa viável, frente ao gás boliviano.
O produto argentino pode chegar à região até 40% mais barato do que o gás boliviano, que hoje custa às distribuidoras US$ 3,30 por milhão de BTU ? medida inglesa de poder calorífico. Esse custo é equivalente a R$ 9,40.

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