Diminui o calote, diz Serasa

Brasília – Estudo feito pela Serasa aponta crescimento recorde no número de regularizações de pendências de pessoas físicas e jurídicas de janeiro a outubro deste ano em relação a igual período do ano passado. Segundo o estudo, de cada 100 novos nomes incluídos na lista negra de crédito no período, 73 conseguiram sair do cadastro de inadimplentes. Esse índice significa o maior patamar de regularização de pendências dos últimos 10 meses. No mesmo período de 2002, esse percentual foi de 50,82%.

Em anos anteriores, essa taxa oscilava entre 30% e 40%. O pico de baixas este ano ocorreu em agosto, quando 94,8% dos devedores se regularizaram.

O levantamento da Serasa aponta que de janeiro a outubro 22,3 milhões de pessoas entraram na lista de inadimplentes. Nesse período, 16,2 milhões retiraram o nome.

A Serasa tem hoje cerca de 20 milhões de pessoas físicas e jurídicas com anotações de não-pagamento (cheques sem fundos e títulos protestados, entre outros) em seu banco de dados. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, o tempo máximo de permanência da anotação em banco de dados é de 5 anos. A pesquisa revela ainda que em outubro de 2003 a maioria das anotações no cadastro de inadimplência foi de cheques sem fundos. Cerca de 37% das anotações se referem a cheques sem fundos, 34% a cartões de crédito e financeiras, 27% a dívidas no sistema financeiro (bancos) e 2% referem-se a títulos protestados.

Segundo a Serasa, em 2003, apesar do crescimento da inadimplência, o consumidor deu prioridade ao pagamento e à renegociação de suas dívidas. “Essa atitude do consumidor foi coerente com a baixa atividade econômica, com o alto desemprego e com a queda da renda”, informou a Serasa.

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