CONSUMO

Desoneração pode baratear o pãozinho

A indústria da panificação está tentando a isenção de impostos junto ao governo federal. Esse movimento pode significar a redução no preço do pão francês, que hoje custa em torno de R$ 6,50 o quilo, no Paraná.

A reivindicação é nacional e ganhou força com um projeto de lei entregue no ano passado na Câmara Federal pedindo a isenção. “Perto de 95% das padarias estão enquadradas no Simples Nacional, de pequenas empresas. O pão é um dos principais produtos da cesta básica. Se o governo quer combater a inflação e a fome, este é um começo. Com a redução dos impostos, o maior beneficiado será a população brasileira de baixa renda, que vai poder aumentar o consumo do pão, um alimento essencial no dia a dia”, afirma o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria no Estado do Paraná (Sipcep), Vilson Felipe Borgmann.

O imposto pago por cada panificadora depende da faixa do Simples na qual cada empresa está enquadrada, podendo variar de 4% a 8,5%, o que pode refletir em uma redução mínima de R$ 0,25 no quilo do pão. Borgmann ressalta que o preço do trigo, uma das commodities internacionais, também interfere no valor final do pão.

Além de garantir um preço mais acessível à população, essa isenção de impostos poderia gerar mais empregos, na avaliação de do presidente do Sipcep. “Pesquisa nacional do setor aponta que a cada R$ 4,8 mil investidos na panificadora, um emprego é gerado”, aponta. Com um total de 4.206 padarias no Paraná, o setor fatura R$ 1,25 bilhão anualmente, com geração de 37 mil empregos diretos e 80 mil indiretos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o consumo ideal de pão por habitante é de 60 quilos por ano, mas a média brasileira é de apenas 33,5 quilos. A média paranaense ultrapassa a nacional, com 42,9 quilos e a meta da panificação do Paraná é atingir o recomendado pela OMS.